Estimulação Cerebral Profunda (DBS) na Doença de Parkinson
- Alan Fröhlich
- 17 de jul.
- 3 min de leitura

O que é a Estimulação Cerebral Profunda?
A estimulação cerebral profunda (ECP) é um tratamento cirúrgico seguro e reversível para pacientes com Parkinson avançado, especialmente quando os medicamentos não controlam bem os sintomas motores, como tremores, rigidez e movimentos involuntários (Hariz & Blomstedt, 2022; Umemura, 2023; Pereira et al., 2023). Pequenos eletrodos são implantados em áreas específicas do cérebro, como o núcleo subtalâmico, para modular a atividade cerebral e melhorar a qualidade de vida (Shan, 2025; Hariz & Blomstedt, 2022; Umemura, 2023).
Benefícios da ECP
Melhora significativa dos sintomas motores, como tremores, rigidez e lentidão de movimentos (Hariz & Blomstedt, 2022; Umemura, 2023; Pereira et al., 2023).
Redução das flutuações motoras e dos efeitos colaterais dos medicamentos, permitindo até diminuir a dose de remédios em muitos casos (Hariz & Blomstedt, 2022; Umemura, 2023; Mansouri et al., 2017).
Melhora da qualidade de vida e da independência nas atividades diárias (Hariz & Blomstedt, 2022; Limousin & Foltynie, 2019; Umemura, 2023).
Efeitos positivos podem durar anos, embora a progressão da doença possa trazer novos desafios ao longo do tempo (Limousin & Foltynie, 2019; Mahlknecht et al., 2022).
Limitações e Considerações
A ECP não é uma cura e não interrompe a progressão da doença, mas controla sintomas por tempo prolongado (Hariz & Blomstedt, 2022; Limousin & Foltynie, 2019; Umemura, 2023).
Não é indicada para todos: pacientes muito idosos, com demência ou depressão grave geralmente não são candidatos (Hariz & Blomstedt, 2022; Umemura, 2023).
Efeitos colaterais podem incluir alterações na fala e, raramente, complicações cirúrgicas (Hariz & Blomstedt, 2022; Limousin & Foltynie, 2019; Umemura, 2023).
A seleção e o acompanhamento exigem equipes multidisciplinares especializadas (Hariz & Blomstedt, 2022; Umemura, 2023).
Novas Tecnologias
Avanços recentes incluem a ECP adaptativa, que ajusta a estimulação em tempo real conforme a necessidade do paciente, e a ECP direcional, que permite maior precisão e menos efeitos colaterais (Mishra & Ramdhani, 2022; Beudel et al., 2016; Little et al., 2013).
Resumo
A ECP é uma opção eficaz e segura para controlar sintomas motores do Parkinson avançado, melhorando a qualidade de vida quando os medicamentos já não são suficientes. O procedimento é reversível, ajustável e está em constante evolução tecnológica (Shan, 2025; Hariz & Blomstedt, 2022; Umemura, 2023; Mishra & Ramdhani, 2022; Pereira et al., 2023).
Tabela: Principais Benefícios e Considerações da ECP no Parkinson
Benefício/Consideração | Descrição Resumida | Citações |
Melhora dos sintomas motores | Reduz tremores, rigidez e movimentos involuntários | (Hariz & Blomstedt, 2022; Umemura, 2023; Pereira et al., 2023) |
Redução de medicamentos | Permite diminuir a dose de remédios em muitos casos | (Hariz & Blomstedt, 2022; Umemura, 2023; Mansouri et al., 2017) |
Melhora da qualidade de vida | Pacientes ficam mais independentes e ativos | (Hariz & Blomstedt, 2022; Limousin & Foltynie, 2019; Umemura, 2023) |
Não é cura, mas controla sintomas | Não interrompe a progressão da doença | (Hariz & Blomstedt, 2022; Limousin & Foltynie, 2019; Umemura, 2023) |
Indicação para casos avançados | Indicada quando medicamentos não funcionam mais bem | (Hariz & Blomstedt, 2022; Umemura, 2023; Pereira et al., 2023) |
Novas tecnologias | ECP adaptativa e direcional trazem mais precisão e menos efeitos colaterais | (Mishra & Ramdhani, 2022; Beudel et al., 2016; Little et al., 2013) |
Referências:
Shan, R. (2025). Deep Brain Stimulation for Parkinson's Disease: A Potential Game-Changer?. International Journal of Clinical and Experimental Physiology. https://doi.org/10.5530/ijcep.2024.11.2.15
Hariz, M., & Blomstedt, P. (2022). Deep brain stimulation for Parkinson's disease. Journal of Internal Medicine, 292, 764 - 778. https://doi.org/10.1111/joim.13541
Beudel, M., Brown, P., & Brown, P. (2016). Adaptive deep brain stimulation in Parkinson's disease. Parkinsonism & Related Disorders, 22, S123 - S126. https://doi.org/10.1016/j.parkreldis.2015.09.028
Limousin, P., & Foltynie, T. (2019). Long-term outcomes of deep brain stimulation in Parkinson disease. Nature Reviews Neurology, 15, 234-242. https://doi.org/10.1038/s41582-019-0145-9
Umemura, A. (2023). Deep Brain Stimulation for Parkinson's Disease. Juntendo Medical Journal, 69, 21 - 29. https://doi.org/10.14789/jmj.JMJ22-0041-R
Mahlknecht, P., Foltynie, T., Limousin, P., & Poewe, W. (2022). How Does Deep Brain Stimulation Change the Course of Parkinson's Disease?. Movement Disorders, 37, 1581 - 1592. https://doi.org/10.1002/mds.29052
Mishra, A., & Ramdhani, R. (2022). Directional Deep Brain Stimulation in the Treatment of Parkinson's Disease. Neurology. https://doi.org/10.17925/usn.2022.18.1.64
Mansouri, A., Taslimi, S., Badhiwala, J., Witiw, C., Nassiri, F., Odekerken, V., De Bie, R., Kalia, S., Hodaie, M., Munhoz, R., Fasano, A., & Lozano, A. (2017). Deep brain stimulation for Parkinson's disease: meta-analysis of results of randomized trials at varying lengths of follow-up.. Journal of neurosurgery, 128 4, 1199-1213. https://doi.org/10.3171/2016.11.JNS16715
Little, S., Pogosyan, A., Neal, S., Zavala, B., Zrinzo, L., Hariz, M., Foltynie, T., Limousin, P., Ashkan, K., Fitzgerald, J., Green, A., Aziz, T., & Brown, P. (2013). Adaptive Deep Brain Stimulation In Advanced Parkinson Disease. Annals of Neurology, 74, 449 - 457. https://doi.org/10.1002/ana.23951
Pereira, A., Da Silva Araújo, M., Nascimento, R., De Souza Garcia, C., Rodrigues, N., Breval, J., Pereira, M., Monteiro, P., Santos, A., & Cavalcante, H. (2023). Deep brain stimulation as a treatment for Parkinson's disease. Research, Society and Development. https://doi.org/10.33448/rsd-v12i11.43792
Comentários